Serviço de acompanhamento de supostos agressores e visa redução da reincidência do crime no Amazonas
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), realizou 130 atendimentos, entre janeiro e maio de 2022, por meio do Serviço de Atendimento, Responsabilização e Educação ao Agressor (Sare). Prevista na Lei Maria da Penha, a iniciativa oferta atendimento psicológico direcionado a supostos agressores e vítimas de agressão doméstica no estado.
O Sare foi inaugurado no Amazonas em 2012 e norteia um programa que envolve encontros quinzenais e debates de temas variados, como violência, masculinidade, paternidade, álcool e drogas, legislação da violência doméstica, entre outros temas importantes.
Os encontros, segundo o secretário Emerson Lima, titular da Sejusc, visam a redução da reincidência dos delitos supostamente praticados.
“Na medida em que ele tem esse ressignificado da vida dele, ele entende qual o real papel do pai, do marido, no sentido de proteger, de cuidar da sua família, e começa a difundir isso para eventuais outros agressores, conscientizando, dizendo: ‘olha, esse não é o nosso papel, esse caminho é incorreto, temos que cuidar da nossa família, cuidar da esposa e zelar pelos filhos’”.
Atendimentos
No Amazonas, entre janeiro e maio de 2022, foram realizados 130 atendimentos, entre homens e mulheres que buscaram ou foram encaminhados para o serviço, para a realização das reuniões e atendimentos psicológicos.
Destes 130 atendimentos, 81 foram encaminhados pelos 1º, 2º e 3º Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Cream) e Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (Sapem). As outras 39 pessoas atendidas foram encaminhadas para atendimentos individuais por necessitarem de acompanhamento psicológico contínuo.
“Ao serem identificadas essas agressões, o Estado, a delegacia, o Serviço Social, eles encaminham aqui para a Secretaria de Justiça. Nós temos o Sare, onde uma equipe psicossocial vai fazer esse atendimento. Muitas vezes o próprio juiz determina que ele [suposto agressor] seja acompanhado por uma equipe para que possa desconstruir essa sua mente, de agressor. E essa equipe psicossocial do Governo do Estado, trabalha esse agressor para que ele cesse esse comportamento”, completou o secretário Emerson Lima.
Com informações da ACS