Um manifesto foi lançado nesta sexta-feira (19) pedindo mais vagas para tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O texto pede ainda revisão dos valores pagos aos hospitais conveniados. Segundo o manifesto, a desatualização das remunerações está “afastando” as instituições dos contratos de atendimento pelo sistema público.
“Precisamos de políticas públicas serias e comprometidas com os mais pobres que não podem pagar por uma assistência à saúde”, enfatiza o texto que chama atenção para o crescimento do número de casos da doença. “Se nada for feito, o câncer será a primeira causa de morte até 2030”.
No início da semana, o Hospital A.C. Camargo anunciou que vai deixaria de atender pacientes do SUS a partir de dezembro. Referência no tratamento de câncer na cidade de São Paulo, o hospital mantido pela Fundação Antônio Prudente há quase 70 anos apontou a defasagem da tabela de remunerações como uma das principais razões para interromper o atendimento pelo sistema público.
No entanto, ontem (18) a prefeitura e o governo de São Paulo conseguiram convencer a direção do hospital a manter o convênio. Pelo acordo, o A.C. Camargo deverá se dedicar aos pacientes de alta complexidade. A prefeitura e o governo estadual vão complementar os valores repassados pelo SUS.
Assinam o manifesto as organizações não governamentais Somos todas uma. Projeto Mechas do Amor, Projeto DIVAS, Instituto Tribo do Bem, Amor Rosa, Apaixone-se por Si, Cláudia Amigas do Peito, Unaccam, Você não está sozinha, GAMA Instituto, Quimioterapia e Beleza, Instituto Brasil+ Social, Projeto Driblando o Câncer, Rosa Mulher e Por nós mesmas.