Nesta semana, a Organização Internacional para Migrações (IOM), afiliada à Organização das Nações Unidas (ONU), expressou “choque profundo” com a descoberta de 27 corpos no deserto do Chade.
O grupo de migrantes teria saído de suas casas, no centro-oeste do país, num veículo que pode ter quebrado no deserto. Ainda não há mais detalhes sobre o que ocorreu, mas as autoridades trabalham com a hipótese de que os migrantes tenham morrido de sede no deserto.
Dentre as vítimas, havia quatro crianças. Eles teriam começado a viagem há 17 meses após deixaram Moussoro, uma cidade de cruzamento, localizada no centro-oeste do país africano.
A polícia desconfia que eles tenham se perdido no deserto e somente depois encontrado falhas mecânicas na picape que os transportava, morrendo por não encontrar água.
A chefe da Missão da OIM no Chade, Anne Kathrin Schaefer, enviou condolências às famílias das vítimas. Ela disse que é preciso uma ação coletiva mais forte para evitar essas mortes.
O Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM já documentou mais de 5,6 mil mortes ou desaparecimentos de pessoas que atravessavam o Deserto do Saara desde 2014. Somente este ano, 149 migrantes perderam a vida nessa rota.
Na segunda-feira, a OIM emitiu uma outra nota sobre a morte de outros 27 migrantes etíopes cujos corpos foram abandonados numa rua da Zâmbia.