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Após registros de lesões, pomadas capilares são recolhidas no Rio


Após diversos consumidores do Rio de Janeiro sofrerem lesões nos olhos com pomadas modeladoras de cabelo, produtos de diferentes marcas foram recolhidos hoje (12) de estabelecimentos localizados em Bangu e Campo Grande, bairros da zona oeste da capital fluminense. Os lojistas foram autuados por comercializar cosméticos sem registro e, caso voltem a vendê-los, podem até ter a licença de funcionamento suspensa.

A ação foi coordenada pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa). As infrações foram constatadas em seis dos 16 estabelecimentos fiscalizados.

Desde o dia 5 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia proibido a comercialização e produção da pomada Cassu Braids, fabricada pela empresa MicroFarma Indústria e Comércio. A medida foi tomada após mais de 150 consumidores procurarem unidades de saúde e relatarem sintomas diversos como irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldade para enxergar ao lavarem o cabelo depois de aplicação do produto.

Na terça-feira (10), agentes do estado do Rio de Janeiro já haviam realizado uma operação com foco no recolhimento da pomada Cassu Braids e outros cosméticos produzidos pela MicroFarma. De acordo com a Anvisa, a licença sanitária da empresa foi cancelada em 2016 e ela não estava devidamente regularizada para fabricar produtos desse tipo.

Na operação realizada hoje, segundo informou a Ivisa, não foram encontradas pomadas Cassu Braids. Os agentes apreenderam pomadas e outros produtos para penteados e tranças de sete marcas consideradas irregulares: EWA, Twister, Master Hair, King Braids, Trança Amiga, Barba Negra e KG Cosméticos. Ao todo, foram recolhidos 101 produtos. Os lojistas autuados deverão apresentar em até sete dias a nota fiscal das mercadorias, para a devida identificação dos distribuidores.

Cuidados

Dermatologistas orientam que, antes de comprar qualquer cosmético, os consumidores procurem o registro da Anvisa na embalagem e verifiquem o prazo de validade. Também é possível consultar pela internet se um produto está regularizado ou se uma empresa possui licença sanitária ativa. Além disso, é sempre importante observar as instruções de uso descritas na embalagem.

Por meio de nota, a Ivisa orienta que, diante da suspeita de irregularidade com algum produto adquirido, seja feita denúncia à prefeitura por meio da Central 1746. “Em casos de efeitos adversos em decorrência do uso desses produtos, a recomendação é procurar uma unidade de saúde, levando o frasco, para que sejam feitas as devidas notificações aos órgãos responsáveis para investigação”, acrescenta.



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