A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, se reuniu neste sábado (20), em Hiroshima, no Japão, com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os temas abordados no encontro, segundo o Palácio do Planalto, estava a situação econômica da vizinha Argentina e importância do país para o equilíbrio regional da América do Sul.
Os dois estão no Japão para participar da reunião de cúpula do G7. Antes do encontro com Kristalina, na primeira sessão de trabalho do G7, Lula já havia citado a situação de endividamento da Argentina e mencionado que o FMI deve levar em consideração as consequências sociais que as políticas de ajuste econômico podem provocar.
“O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajuste. Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis”, disse Lula no discurso.
Na reunião bilateral, segundo o Palácio do Planalto, os dois também trataram do impacto da pandemia de covid-19 nos países mais pobres. Ainda de acordo com o Planalto, Lula e Kristalina concordaram que os sistemas financeiros dos países afetados precisam de fundos que os ajudem no processo de recuperação.