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Mãe e irmão de ex-sinhazinha são condenados a quase 11 anos de prisão


O juiz Celso de Paulo, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Manaus, sentenciou Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, a 10 anos e 11 meses de reclusão.

A condenação é parte do encerramento de uma investigação que revelou a atuação de integrantes da seita religiosa “Pai, Mãe, Vida”. O grupo promovia o uso de Ketamina, um medicamento veterinário, como droga sintética, alegando falsamente que a substância proporcionava “elevação espiritual”. A substância, no entanto, é conhecida por causar alucinações intensas. De acordo com o processo, a Ketamina era adquirida em clínicas veterinárias e administrada a usuários no salão de beleza da família Cardoso, Belle Femme.

Em sua decisão, o magistrado destacou a existência de uma associação criminosa organizada para o tráfico de drogas. “Demonstrada a existência de vínculo associativo estável entre os réus e não mera convergência ocasional de vontades para a prática do tráfico de entorpecentes, impõe-se a condenação deles, também, com relação ao crime previsto no art. 35 da Lei 11.343/06”, afirmou o juiz em sua sentença.

Além de Cleusimar e Ademar, outros membros do grupo também foram condenados à mesma pena, entre eles Bruno Roberto, ex-noivo de Djidja, Verônica Seixas, ex-gerente do salão de beleza, o coach Hatus Silveira e o médico veterinário José Máximo. Contudo, Bruno e Verônica estão em liberdade e poderão recorrer da decisão.

Cleusimar e Ademar já se encontram presos e deverão cumprir a pena em regime fechado. Por outro lado, a cabeleireira Claudiele Santos e o maquiador Marlisson Dantas foram absolvidos após o Ministério Público do Amazonas (MPAM) concluir que ambos não participaram das atividades ilícitas envolvendo o grupo.

Veja a sentença:




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