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Mercosul e União Europeia selam acordo de livre comércio após 25 anos de impasse


Presidente Lula e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen — Foto: TV Globo/Reprodução

Após 25 anos de negociações, o Mercosul e a União Europeia anunciaram oficialmente, nesta sexta-feira (6), a conclusão de um acordo de livre comércio. O marco foi confirmado durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai, onde líderes dos dois blocos celebraram o fim das tratativas. O tratado tem como principal objetivo reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação, promovendo maior integração econômica entre as regiões.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu o acordo como uma “vitória para a Europa”. Segundo ela, o pacto é benéfico tanto para consumidores quanto para empresas, abrangendo cláusulas de proteção ao meio ambiente e salvaguardas para os agricultores europeus. Von der Leyen destacou que os padrões sanitários e alimentares da União Europeia permanecerão inalterados, e que exportadores do Mercosul precisarão cumpri-los rigorosamente.

Embora a celebração marque um avanço, o acordo ainda precisa ser ratificado pelos legislativos dos países-membros de ambos os blocos. As negociações enfrentaram resistência, principalmente de setores agrícolas europeus, que temem a concorrência dos produtos sul-americanos. Do lado do Mercosul, as preocupações incluem a competitividade nos setores industriais e químicos, evidenciando que o tratado apresenta desafios e oportunidades para ambos os blocos.

Especialistas avaliam que o Brasil, como maior economia do Mercosul, será o principal beneficiado. O acordo pode impulsionar as exportações agrícolas brasileiras para a Europa e atrair investimentos estrangeiros, enquanto pressiona a indústria local a se adaptar para enfrentar a concorrência europeia. A expectativa é de que o tratado amplie significativamente o comércio bilateral e fortaleça os laços econômicos entre as duas regiões.

 



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